quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Como reconhecer a mão criadora de Deus

A Assinatura de Deus na Natureza – A Trindade Santa





Em 1986 uma Banda Rock de Brasília chamada Legião Urbana liderada pelo cantor e compositor Renato Russo emplacou o Rit Índios, o qual esteve no topo das paradas de sucesso durante quase todo aquele ano. A frase da música “quem me dera ao menos uma vez, entender como um só Deus ao mesmo tempo é três, e esse mesmo Deus foi morto por vocês ...”, nos chama atenção, pois reflete bem a dificuldade da grande maioria das pessoas em compreender a Doutrina da Santíssima Trindade.

O termo latino “Trindade” não é citado nas Escrituras, assim como muitas palavras modernas o termo foi cunhado anos após o encerramento do Canon. Termos como Livre Arbítrio, Ecologia, Justiça Social, Compulsão, Vícios, Drogas e tantos outros não são encontrados nos textos das Escrituras, mas sabemos que apesar da palavra não estar lá, o conceito existe de forma clara e inequívoca. As Escrituras deixam transparecer a doutrina da Trindade em suas entrelinhas, como na citação de Gn 1.26: Façamos o homem à “nossa imagem”, conforme a “nossa semelhança” (Grifo nosso).

A definição do termo e sua conceituação angariou para os cristãos a acusação de politeísmo por parte de judeus e muçulmanos, pois compreender três pessoas numa unidade demandaria uma explicação didática e clara o suficiente para que todos pudessem aceitar sem contestação e foi exatamente esta a tarefa dos Pais da Igreja e dos Apologistas nos primeiros séculos da Igreja Cristã.

Ainda hoje muitas pessoas não conseguem compreender apenas com uma leitura superficial a doutrina que muitos filósofos também não compreenderam, pois neles não habitava o Espírito da graça de Deus. Muitos sábios laboraram noites a fio para compreender a essência da Doutrina que desafiava o intelecto ao passo que descortinava diante dos olhos humanos uma das mais belas doutrinas bíblicas.    

A afirmação de que toda obra da criação foi deliberadamente planejada não é uma prerrogativa do povo judeu e das Escrituras. Há aproximadamente 2.400 anos o filósofo grego Platão criador da Academia pensava da seguinte maneira: “as leis da natureza demonstram uma criação racional” e seu aluno Aristóteles disse “o universo foi criado segundo um plano racional”. Segundo Platão a natureza foi criada baseada em leis e não que as leis foram criadas por causa da natureza. No século V a.C., Leucipo afirmava: “...nada acontece casualmente, existe uma razão necessária para tudo”.

Todos os físicos e matemáticos sabem que suas ciências são exatas e não suportam variações sendo, portanto, lei eternas, imutáveis e raros são os que não reconhecem em Deus o seu criador.

As leis da natureza são imutáveis, tendo como característica entre elas a eternidade. As leis da natureza não são tangíveis, são transcendentes, pois não podemos tocá-las, como a gravidade por exemplo, ou como a terceira lei de Newton que em palavras simples afirma “que para cada ação, corresponde uma reação com a mesma força e intensidade”.

O Prêmio Nobel de Física de 1927, Dr. Artur H. Compton, criador do efeito Compton disse:

“Para mim, fé começa com a compreensão de que uma inteligência suprema trouxe o universo à existência e criou o homem. Não é difícil para mim ter essa fé, pois um universo organizado e inteligente testifica a favor da maior afirmação jamais pronunciada: no princípio, Deus...”.

Alguns cientistas são categóricos em afirmar que a inteligência por trás de toda criação é originada numa mente criativa e brilhante e muitos deles são conhecidos do público em geral:

1.      Bernhard Riemann (Geometria não-euclidiana);
2.      Blaise Pascal (Física e Matemática);
3.      Carolus Linnaeus (Taxonomia);
4.      Francis Bacon (Método Científico);
5.      Galileu Galilei (Física e Astronomia);
6.      George Stokes (Mecânica dos Fluidos);
7.      Gregor Mendel (Genética);
8.      Humphry Davy (Termocinética);
9.      Isaac Newton (Física Clássica e Cálculo diferencial);
10.  James C. Maxwell (Eletricidade e Magnetismo);
11.  James P. Joule (Termodinâmica);
12.  James Parkinson (Medicina);
13.  Johannes Kepler (Astronomia);
14.  John Dalton (Teoria Atômica Moderna);
15.  John Flamsteed (Fundador do Observatório de Greenwich);
16.  John Kidd (Química Sintética);
17.  Joseph Henry (Inventor do motor Elétrico e do Galvanômetro);
18.  Leonard Euler (Funções Transcendentais);
19.  Louis Paster (Bacteriologia e bioquímica);
20.  Michel Faraday (Eletromagnetismo, Inventor do Gerador);
21.  Richard Owen (Paleontologia, criador do Termo Dinossauro);
22.  Robert Boyle (Química e Dinâmica dos Gases);
23.  Samuel Morse (Telégrafo);
24.  Sir William Petty (Estatística e Economia);
25.  Willian Herschel (Astronomia Galáctica e Descobridor de Urano);
26.  Willian Thompson, Lord Kelvin (Temperatura Absoluta).

A quantidade de nomes é enorme e demandaria muito tempo e espaço no escopo do trabalho, mas podemos analisar aqui o que é comumente chamado de processo científico.

Vamos aos fatos. O processo científico é alicerçado em observações e estas por sua vez, geram uma hipótese. Esta hipótese é uma proposta que visa explicar um fenômeno observável, não necessariamente testável, mas admissível. Propondo então a elaboração de uma teoria analítica que visa compreender, explicar e fazer predições sobre um fenômeno que necessita ser testado. Os mecanismos que regem os fenômenos naturais criam uma lei e esta, por sua vez, foi testada e aprovada. A isto chamamos de empirismo. Isto é ciência.

As Leis da Natureza são muitas e para citar alguns exemplos:



Biogênese;
Carga Elétrica;
Codificação Genética.
Conservação;
Corpo Negro;
Eletricidade;
Energia;
Entropia;
Gás Ideal;
Gravitação Universal;
Hereditariedade;
Magnetismo;
Massa Química;
Momento Angular;
Movimento Planetário;
Movimento;
Proporções Múltiplas;
Radiação;
Reflexão;
Refração;
Termodinâmica;




As Leis da Natureza trabalham em equilíbrio e harmonia usando o que chamamos de Processos Naturais, os quais são:



Centrifugação;
Combustão;
Crescimento;
Cristalização;
Destilação;
Difração;
Difusão;
Dispersão;
Divisão Celular;
Eletrólise;
Emulsificação;
Evaporação;
Fermentação;
Fertilização;
Fissão Nuclear;
Fosforescência;
Fossilização;
Fotossíntese;
Fusão Nuclear;
Germinação;
Hidrólise;
Morte;
Nascimento;
Oxidação;
Redução;
Reflexão;
Refração;
Sedimentação;
Transpiração;



Como é que a ciência moderna conduziu questões como a origem do universo e da existência de Deus? Um portfólio de opiniões e argumentos de 60 cientistas, incluindo 24 ganhadores do Prêmio Nobel, anota o relacionamento entre o empreendimento científico e a visão religiosa da realidade e estas não têm a pretensão de ser uma pesquisa representativa – os cientistas foram escolhidos porque se acreditava serem, pelo menos, abertos à possibilidade de uma visão religiosa da realidade. Mas seus pontos de vista específicos acabaram por ser surpreendentemente diversificados e, muitas vezes, tanto original quanto persuasivos (nota do livro “Cosmos, bios e theos, Henry Margenau e Roy AbrahamVarghese, La Sale Open Court, 1962”). “Só há uma resposta convincente para explicar a enorme complexidade e as leis do universo – a criação por um Deus onisciente e onipotente”.

Por isso quando uma religião alega que o seu deus criou todas as coisas podemos de forma didática provar que o verdadeiro Deus, criador dos céus e da terra é o único Senhor, conforme o autor de Deuteronômio, afirma: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Dt 6:4). Todas as características encontradas nas leis da natureza são encontradas também no Deus das Escrituras, pois Ele é o Autor destas mesmas leis. Sua assinatura está presente em toda obra da criação.

A assinatura de Deus está presente em toda sua obra como um artista assina um quadro que acabara de pintar. De forma clara podemos observar a Trindade Santa descrita universalmente.

Ø  Divisões do Tempo: Passado, Presente e Futuro;
Ø  Décadas, Séculos e Milênios;
Ø  Dia, Mês e Ano;
Ø  Divisões do dia: Manhã, Tarde e Noite.
Ø  Hora, Minuto e Segundo.
Ø  Partes do dia: Matutino, Vespertino e Noturno.
Ø  Espaço: Altura, Largura e Profundidade.
Ø  Átomo base da matéria: Prótons, Elétrons e Nêutrons.
Ø  Estado da matéria: Sólido, Liquido e Gasoso.
Ø  Ser humano: Corpo, Alma e Espírito.
Ø  Corpo humano: Cabeça, Tronco e Membros.
Ø  Olho humano: Íris, Pupila e Cristalino.
Ø  Ouvido humano: Estribo, Martelo e Bigorna.
Ø  Natureza: Reino Animal, Reino Vegetal e Reino Mineral.
Ø  Árvore: Raiz, Caule e Folhas.
Ø  Estados da Água: Sólido, Líquido e Gasoso.
Ø  Estrutura Celular: Membrana, Citoplasma e Núcleo.
Ø  Música: Melodia, Harmonia e Ritmo.
Ø  Os Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Diante das evidências expostas no presente trabalho deixamos a cargo de leitor a observação dos fenômenos da natureza para que dela possa testemunhar as maravilhas criadas por Deus e dadas aos filhos dos homens como herança para que dela possam cuidar com carinho e possam usufruir do melhor de Deus nesta terra.

O profeta Salmista expressou as seguintes palavras: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor” (Sl 19:1-6).

A assinatura de Deus está diante dos nossos olhos em todas as obras por ele criadas. Em suas leis, na natureza e em todos os lugares onde colocamos os nossos olhos vemos a mão poderosa de Deus pincelando, colorindo, dando forma, perfume e sabor. Montanhas, rios, flores e enfim no mais simples sorrido de uma criança.

Goiânia, 26 de outubro de 2017.

Jeferson Barbosa Souza

Pastor Bacharel em Teologia

e


Pós-Graduado em Aconselhamento Pastoral e Familiar

Nenhum comentário:

Postar um comentário