A Assinatura de
Deus na Natureza – A Trindade Santa
Em 1986 uma Banda Rock de
Brasília chamada Legião Urbana liderada pelo cantor e compositor Renato Russo
emplacou o Rit Índios, o qual esteve no topo das paradas de sucesso durante
quase todo aquele ano. A frase da música “quem me dera ao menos uma vez,
entender como um só Deus ao mesmo tempo é três, e esse mesmo Deus foi morto por
vocês ...”, nos chama atenção, pois reflete bem a dificuldade da grande maioria
das pessoas em compreender a Doutrina da Santíssima Trindade.
O termo latino “Trindade”
não é citado nas Escrituras, assim como muitas palavras modernas o termo foi
cunhado anos após o encerramento do Canon. Termos como Livre Arbítrio,
Ecologia, Justiça Social, Compulsão, Vícios, Drogas e tantos outros não são
encontrados nos textos das Escrituras, mas sabemos que apesar da palavra não
estar lá, o conceito existe de forma clara e inequívoca. As Escrituras deixam
transparecer a doutrina da Trindade em suas entrelinhas, como na citação de Gn
1.26: Façamos o homem à “nossa imagem”, conforme a “nossa semelhança” (Grifo
nosso).
A definição do termo e
sua conceituação angariou para os cristãos a acusação de politeísmo por parte
de judeus e muçulmanos, pois compreender três pessoas numa unidade demandaria
uma explicação didática e clara o suficiente para que todos pudessem aceitar sem
contestação e foi exatamente esta a tarefa dos Pais da Igreja e dos Apologistas
nos primeiros séculos da Igreja Cristã.
Ainda hoje muitas pessoas
não conseguem compreender apenas com uma leitura superficial a doutrina que
muitos filósofos também não compreenderam, pois neles não habitava o Espírito
da graça de Deus. Muitos sábios laboraram noites a fio para compreender a
essência da Doutrina que desafiava o intelecto ao passo que descortinava diante
dos olhos humanos uma das mais belas doutrinas bíblicas.
A afirmação de que toda
obra da criação foi deliberadamente planejada não é uma prerrogativa do povo
judeu e das Escrituras. Há aproximadamente 2.400 anos o filósofo grego Platão
criador da Academia pensava da seguinte maneira: “as leis da natureza
demonstram uma criação racional” e seu aluno Aristóteles disse “o universo foi
criado segundo um plano racional”. Segundo Platão a natureza foi criada baseada
em leis e não que as leis foram criadas por causa da natureza. No século V a.C.,
Leucipo afirmava: “...nada acontece casualmente, existe uma razão necessária
para tudo”.
Todos os físicos e
matemáticos sabem que suas ciências são exatas e não suportam variações sendo,
portanto, lei eternas, imutáveis e raros são os que não reconhecem em Deus o
seu criador.
As leis da natureza são
imutáveis, tendo como característica entre elas a eternidade. As leis da
natureza não são tangíveis, são transcendentes, pois não podemos tocá-las, como
a gravidade por exemplo, ou como a terceira lei de Newton que em palavras
simples afirma “que para cada ação, corresponde uma reação com a mesma força e
intensidade”.
O Prêmio Nobel de Física
de 1927, Dr. Artur H. Compton, criador do efeito Compton disse:
“Para
mim, fé começa com a compreensão de que uma inteligência suprema trouxe o
universo à existência e criou o homem. Não é difícil para mim ter essa fé, pois
um universo organizado e inteligente testifica a favor da maior afirmação
jamais pronunciada: no princípio, Deus...”.
Alguns cientistas são
categóricos em afirmar que a inteligência por trás de toda criação é originada
numa mente criativa e brilhante e muitos deles são conhecidos do público em
geral:
1. Bernhard
Riemann (Geometria não-euclidiana);
2. Blaise
Pascal (Física e Matemática);
3. Carolus
Linnaeus (Taxonomia);
4. Francis
Bacon (Método Científico);
5. Galileu
Galilei (Física e Astronomia);
6. George
Stokes (Mecânica dos Fluidos);
7. Gregor
Mendel (Genética);
8. Humphry
Davy (Termocinética);
9. Isaac
Newton (Física Clássica e Cálculo diferencial);
10. James
C. Maxwell (Eletricidade e Magnetismo);
11. James
P. Joule (Termodinâmica);
12. James
Parkinson (Medicina);
13. Johannes
Kepler (Astronomia);
14. John
Dalton (Teoria Atômica Moderna);
15. John
Flamsteed (Fundador do Observatório de Greenwich);
16. John
Kidd (Química Sintética);
17. Joseph
Henry (Inventor do motor Elétrico e do Galvanômetro);
18. Leonard
Euler (Funções Transcendentais);
19. Louis
Paster (Bacteriologia e bioquímica);
20. Michel
Faraday (Eletromagnetismo, Inventor do Gerador);
21. Richard
Owen (Paleontologia, criador do Termo Dinossauro);
22. Robert
Boyle (Química e Dinâmica dos Gases);
23. Samuel
Morse (Telégrafo);
24. Sir
William Petty (Estatística e Economia);
25. Willian
Herschel (Astronomia Galáctica e Descobridor de Urano);
26. Willian
Thompson, Lord Kelvin (Temperatura
Absoluta).
A quantidade de nomes é
enorme e demandaria muito tempo e espaço no escopo do trabalho, mas podemos
analisar aqui o que é comumente chamado de processo científico.
Vamos aos fatos. O
processo científico é alicerçado em observações e estas por sua vez, geram uma
hipótese. Esta hipótese é uma proposta que visa explicar um fenômeno
observável, não necessariamente testável, mas admissível. Propondo então a
elaboração de uma teoria analítica que visa compreender, explicar e fazer predições
sobre um fenômeno que necessita ser testado. Os mecanismos que regem os
fenômenos naturais criam uma lei e esta, por sua vez, foi testada e aprovada. A
isto chamamos de empirismo. Isto é ciência.
As Leis da Natureza são
muitas e para citar alguns exemplos:
Biogênese;
Carga Elétrica;
Codificação Genética.
Conservação;
Corpo Negro;
Eletricidade;
Energia;
Entropia;
Gás Ideal;
Gravitação Universal;
Hereditariedade;
Magnetismo;
Massa Química;
Momento Angular;
Movimento Planetário;
Movimento;
Proporções Múltiplas;
Radiação;
Reflexão;
Refração;
Termodinâmica;
As Leis da Natureza
trabalham em equilíbrio e harmonia usando o que chamamos de Processos Naturais,
os quais são:
Centrifugação;
Combustão;
Crescimento;
Cristalização;
Destilação;
Difração;
Difusão;
Dispersão;
Divisão Celular;
Eletrólise;
Emulsificação;
Evaporação;
Fermentação;
Fertilização;
Fissão Nuclear;
Fosforescência;
Fossilização;
Fotossíntese;
Fusão Nuclear;
Germinação;
Hidrólise;
Morte;
Nascimento;
Oxidação;
Redução;
Reflexão;
Refração;
Sedimentação;
Transpiração;
Como é que a ciência
moderna conduziu questões como a origem do universo e da existência de Deus? Um
portfólio de opiniões e argumentos de 60 cientistas, incluindo 24 ganhadores do
Prêmio Nobel, anota o relacionamento entre o empreendimento científico e a visão
religiosa da realidade e estas não têm a pretensão de ser uma pesquisa
representativa – os cientistas foram escolhidos porque se acreditava serem,
pelo menos, abertos à possibilidade de uma visão religiosa da realidade. Mas
seus pontos de vista específicos acabaram por ser surpreendentemente
diversificados e, muitas vezes, tanto original quanto persuasivos (nota do
livro “Cosmos, bios e theos, Henry Margenau e Roy AbrahamVarghese, La Sale Open
Court, 1962”). “Só há uma resposta convincente para explicar a enorme
complexidade e as leis do universo – a criação por um Deus onisciente e
onipotente”.
Por isso quando uma
religião alega que o seu deus criou todas as coisas podemos de forma didática
provar que o verdadeiro Deus, criador dos céus e da terra é o único Senhor,
conforme o autor de Deuteronômio, afirma: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus
é o único Senhor” (Dt 6:4). Todas as características encontradas nas leis da
natureza são encontradas também no Deus das Escrituras, pois Ele é o Autor
destas mesmas leis. Sua assinatura está presente em toda obra da criação.
A assinatura de Deus está
presente em toda sua obra como um artista assina um quadro que acabara de
pintar. De forma clara podemos observar a Trindade Santa descrita
universalmente.
Ø Divisões
do Tempo: Passado, Presente e Futuro;
Ø Décadas,
Séculos e Milênios;
Ø Dia,
Mês e Ano;
Ø Divisões
do dia: Manhã, Tarde e Noite.
Ø Hora,
Minuto e Segundo.
Ø Partes
do dia: Matutino, Vespertino e Noturno.
Ø Espaço:
Altura, Largura e Profundidade.
Ø Átomo
base da matéria: Prótons, Elétrons e Nêutrons.
Ø Estado
da matéria: Sólido, Liquido e Gasoso.
Ø Ser
humano: Corpo, Alma e Espírito.
Ø Corpo
humano: Cabeça, Tronco e Membros.
Ø Olho
humano: Íris, Pupila e Cristalino.
Ø Ouvido
humano: Estribo, Martelo e Bigorna.
Ø Natureza:
Reino Animal, Reino Vegetal e Reino Mineral.
Ø Árvore:
Raiz, Caule e Folhas.
Ø Estados
da Água: Sólido, Líquido e Gasoso.
Ø Estrutura
Celular: Membrana, Citoplasma e Núcleo.
Ø Música:
Melodia, Harmonia e Ritmo.
Ø Os
Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Diante das evidências
expostas no presente trabalho deixamos a cargo de leitor a observação dos
fenômenos da natureza para que dela possa testemunhar as maravilhas criadas por
Deus e dadas aos filhos dos homens como herança para que dela possam cuidar com
carinho e possam usufruir do melhor de Deus nesta terra.
O profeta Salmista
expressou as seguintes palavras: “Os céus declaram a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e
uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se
ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até
ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, o qual é como um noivo que sai
do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho. A sua saída é
desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada
se esconde ao seu calor” (Sl 19:1-6).
A assinatura de Deus está
diante dos nossos olhos em todas as obras por ele criadas. Em suas leis, na
natureza e em todos os lugares onde colocamos os nossos olhos vemos a mão
poderosa de Deus pincelando, colorindo, dando forma, perfume e sabor.
Montanhas, rios, flores e enfim no mais simples sorrido de uma criança.
Goiânia, 26 de
outubro de 2017.
Jeferson Barbosa
Souza
Pastor Bacharel em Teologia
e
Pós-Graduado em
Aconselhamento Pastoral e Familiar
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